

Sobre mim
JEY ALM
Me chamo Jessica Almeida, nasci no dia 09 de julho de 1991, em Ananindeua. Passei 8 anos de minha vida morando com meus pais em Benevides-Pa, (Município vizinho de Belém do Pará). A os 4 anos de idade ficava observando minha mãe desenhando, e eu ficava admirando cada traço e sem muitos detalhes. Tentava copiar seus traços inspiradores, talento divino, fazendo cópias dos desenhos e rabiscos nos meus cadernos da escola. Apaixonada por essa arte, comecei também a copiar desenhos, modelos de revistas, livros e vestir minhas bonecas com os retalhos de tecido. Até começar a estilizar minhas próprias roupas. Minha mãe vivia dizendo que eu criava moda, e ela estava certa, pois todas as vezes que ia pra escola eu tinha costume de amarrar meu uniforme, colocar um cintinho, um acessório colorido, algo que se destacasse entre as outras alunas. Em reunião de responsáveis minha mãe sempre era chamada atenção sobre meus costumes de mexer no uniforme, rabiscar meu caderno de lições e influenciar minhas colegas, pois todas queriam copiar meu estilo. No entanto, não podia servir de mal exemplo, embora eu fosse uma aluna nota 10, minha matéria favorita era artes. Mesmo com essas advertências quanto ao meu modo de me vestir, eu continuava tentando...rs. Peguei o gosto em dar opiniões e palpites de moda, maquiagem, pegava maquiagens de minha mãe escondido pra super produzir minhas coleguinhas e vizinhas. Ia nas livrarias e pesquisava de tudo sobre moda pra levar essas informações as minhas colegas e quando as visitava repassava para as mães. E o que era legal, era que elas sempre seguiam o conselho de uma criança curiosa como eu era.
Bem, sempre fomos humildes e após a separação dos meus pais, eu estava prestes a completar 12 anos de idade e tive que voltar pro município de Ananindeua. Dividíamos a mesma casa com meus tios, enquanto minha mãe trabalhava. Vendo a necessidade de minha família, minha mãe com tanto esforço pra não deixar nos faltar nada. Como sempre tive vontade de estudar desenho, fazer com todas aquelas técnicas, senti a necessidade de trabalhar. Então comecei a cuidar de crianças, sendo babá, ou seja, eu era uma criança cuidando de outra, mas valia a pena pra realizar um sonho. Trabalhava pela manhã e estudava a tarde e sempre em escolas públicas. Tive oportunidades iniciais nas minhas mãos e como uma verdadeira sonhadora, queria agarrar todos como diz o ditado “queria abraçar o mundo com as mãos”.
Minha vida profissional começou quando fui convidada a trabalhar no escritório contábil de minha patroa, e lá conheci pessoas que me abriram novas oportunidades, pessoas influentes no mercado de trabalho do estado. Sendo que em cada intervalo de trabalho, nunca esquecia de fazer meus desenhos e treinar meus traços e rabiscos de moda. As vezes os esquecia na mesa do escritório. Certo dia, um cliente foi fazer suas declarações de impostos viu e perguntou quem os fazia, apontada como autora dos desenhos pela minha patroa, aquele mesmo cliente me fez um convite, de ir até sua empresa e fazer alguns testes. Ele me pagava por alguns desenhos, abria letreiros e desenhava a publicidade de sua empresa e com isso as indicações foram crescendo, então consegui fazer meu curso de desenho técnico. Passando por várias etapas em minha vida, tentando atuar como modelo, bailarina, mas reparei que não eram essas as minhas vocações, e sim mudar a estima das pessoas e transformar o aspecto exterior. Pra esses mesmos clientes comecei a atuar como Consultora de Estilos e até Personal Stylist. Criava modelos de acordo com a personalidade, tentando criar identidade aos profissionais, com criação de uniformes, e até conseguia fazer algumas transformações, seja em apresentadores de TV, ou empresários de Know-how que precisavam de up nos seus respectivos estilos. Entretanto, não tinha nenhum certificado como técnica ou consultoria de Moda e isso era totalmente obrigatório, mesmo que eu fosse uma simples freelance.
Pesquisei cursos da área de consultoria de moda, SENAI, SENAC e até procurei estilistas que pudessem me orientar. Em 2005, conheci um estilista chamado Arthur Araújo, e eu sempre contava minha história e meu sonho de me tornar alguém reconhecido na sociedade, como alguém que queria fazer pessoas se sentirem bem ao se olhar pro espelho. Assim, conseguia não somente conselhos e dicas de alguém tão experiente, mas também amizade. Não existe nada melhor que ter amigos que te ajudam e te dão esperança de correr atrás do que você realmente almeja. A partir desse contexto, busquei mais informações sobre o que queria, pesquisei contatos. Com certificado em mãos de curso, me colocava a disposição de estilistas como aprendiz. Corte, costura, modelagem básica industrial e tridimensional, bordados foram meus respectivos cursos.
A busca de minhas fontes de inspiração não estava tão longe, depois de ter conseguido roubar um pouco do talento de minha mãe, pude então aperfeiçoa-los e torna-los primordiais pro meu início de carreira. Mas, tive minha inspiração de vida, minha prima e estilista Anne Fontaine, que antes era apaixonadíssima pela preservação da natureza, bióloga, aventureira e hoje conhecida no mundo como “Rainha da camisa branca”, situada hoje na Onoré Avenue em Paris-França e sua loja Spa Anne Fontaine, mas que também começou bem pequeno, com um pouco mais de 20 m². Sua história de vida é um pouco parecida com a minha, mas tirou de letra quando saiu do Brasil e seguiu seu coração, quando casou-se com o Fancês Ari Zlotkin, porém estou vivendo meu verdadeiro sonho, ela precisou receber um empurrãozinho dos pais e amar pra descobrir sua verdadeira identidade profissional. Buscando essa mesma essência, resolvi ser mais ousada em minhas decisões, busquei me aprofundar em alguns conhecimentos, fazendo oficinas de estamparias e desenhos artísticos na moda.
Quando completei 15 anos de idade, conheci mais pessoas, e amigos influentes no ramo da Moda e eventos em Belém. Dentre eles estão o Sr. Willys Bastos, guardião jurídico de dados de artistas, modelos e manequins, presidente do SAMMEP (Sindicato de Art Moda Modelos e Manequins do Est. Pará); Socorro Coimbra da Mota, produtora de moda e professora de passarela; Manuelito, cabelereiro das misses do Estado e promotor de Eventos e Concursos de Beleza; Carlos Pará Beauty Face, cabelereiro e maquiador, Charles de Souza, estilista paraense, reconhecido pela arte de moda sustentável, Wanderley Araújo, empresário de publicidade, Gustavo Beckman (Beckmodel Agency), Maurício Quintairos, coreógrafo do Miss Pará oficial, Herculano, promotor de Eventos, inclusive do Miss Pará Oficial; Paulo Borges, visionário e fundador do SPFW e também projetos de incentivo como Mov. Hotspot; Darley publicitário, entre outros. E com esses profissionais tive oportunidades de ganhar um pouquinho de reconhecimento, inicialmente deram minha marca como Jessyk Barbarie, por criar peças ousadas e cheias de volume, que pareciam ser tão complicadas de modelar e costurar. Alguns até diziam que era impossível, adaptei algumas técnicas próprias e aprimoradas quantos as que já tinha aprendido. Era convidada pra jurada em alguns concursos de Beleza e de moda. Em um desses, tive a atitude de pedir “Help” a Socorro Mota como parceira e produtora, já que estávamos sempre juntas nos eventos de moda. Fizemos captação de modelos e candidatas que tinham sido desclassificadas, e lhes dá uma oportunidade de carreira. Lembro muito bem, como se tivesse sido a minha primeira obra de todos os tempos, embora tivesse sido algo tão simples, mas tão significativo pra mim, pois pegamos os contatos de algumas moças e rapazes para um casting e entre eles selecionadas 3 moças, cujos nomes são Andréia Fernandes, Juliana Salgado e Manúbia Lima (Mandy Lima). O Sr. Willys Bastos (SAMMEP) então se dispôs com sua câmera a fazer algumas fotos e então nos deslocamos até a Estação das Docas e com apenas 3 vestidos de festa fizemos belíssimas fotos, que também marcou como início profissional dessas modelos. Mas adiante, recebi a importante função de Diretora de Art Moda do Estado na Categoria de Estilista, o que me dava direito e dever de guardar e proteger dados dos profissionais de mesmo segmento e área que o meu. Entre meio termo, não era a única coisa que se fazia, afinal, muito desses trabalhos eram altamente voluntários, isto é, não ganhava muito, somente o necessário pra manter transporte de deslocamento de Ananindeua- Belém, em média 1 a 1:30h por viagem, alimentação diária, e olhe lá! As vezes não dava nem pra isso. Mas fazer o quê, não é mesmo? Estava sedenta de conhecimento e enriquecimento profissional.
Com 17 anos de idade, fui convidada pela minha mãe e meu padrasto a ir em uma reunião de negócios de MM (Marketing multinível), onde Belém estava recebendo pela primeira vez, estratégias de vendas de aparelhos de tratamento de água. Uma alternativa de ganhos, além oferecer seus benefícios de cursos de Técnicas e Fechamento de Vendas, aprimoramento profissional. Em apenas 3 meses de trabalho me tornei uma supervisora de Vendas com uma equipe de 5 pessoas, 6 meses depois uma franqueada (franquia esta que podia atuar com uma equipe no Estado do Pará), naquele ano uma franquia dessa custava R$15.500,00, e com uma campanha motivacional, conquistei minha meta com 20 pessoas em minha equipe de vendas, ganhando dinheiro e ensinando pessoas como se fazia da mesma forma. Ministrava palestras para funcionários em pequenas empresas, de vendas e claro, nunca deixando a moda de lado (...rs. Isso tá no sangue. Deus que me deu). Marketing Pessoal, maneira adequada de se vestir, etiqueta e comportamentos em seu devido local de trabalho. A cada ano que se passava não esquecia de fazer de minha área por opção, mas nunca esqueci de complementar meus conhecimentos em outras áreas. Depois eu comecei a conscientizar pessoas a se cuidarem por fora, claro que falar de saúde se tornou uma prioridade já que sempre quis ressaltar que “A aparência ajuda, mas não pode ser apenas exteriormente”. Viajei em busca de conhecimentos, aproveitando os percursos de viagens para os CDP’s (Cursos de Desenvolvimento Pessoal- Brasil Training) pela mesma empresa, busquei conhecimentos na área da Terapia Natural e Massoterapia Clinica, tanto pela necessidade como uma alternativa de mercado no meu estado já que a Economia Criativa ainda não era algo visto como tão importante assim e tampouco valorizada. Confesso que fiquei temerosa em perder minha essência de Estilista e consultora de moda, sendo que no meio disso tudo, sempre arranjava tempo pra criar minhas coleções e participar de eventos de moda, inauguração de Empresas, sendo isso de extrema importância. Passei 2 anos e meio como franqueada desta empresa de Marketing Multinivel, porém, precisei dar mais tempo para o sonho da minha vida, embora os horários fossem flexíveis. Corri atrás de Faculdades de Moda, então encontrei algumas. Entrei na primeira, mas não me identifiquei com a funcionalidade e métodos de criatividade. Então fui pra outra e não tinha moda, mas tinha Design de Produtos, em curso tecnológico de período de 2 anos e meio.
Em períodos bem próximos, trabalhei em algumas empresas de diversos segmentos, como: de Estética automotiva, Salões e Centros de Estéticas, lojas de Fast Fashion de marcas reconhecidas, Lojas de Tecidos, atuando em funções de secretária, auxiliar contábil, consultora de moda, estilista, Auxiliar administrativa, Loja de Noivas, entre elas a mais inspiradora e inesquecível Maison Exclusive de Ellis Verline, onde tive oportunidade de conhecer de perto a história de alguém muito mais experiente, alguém que teria coisas muitas coisas melhores pra me passar. Lancei sapatos com minha marca Jey Alm, refeita depois de rever meus conceitos, sendo ela só abreviatura do meu nome Jessica Almeida (J. Alm) E assim sempre repassando e recebendo conhecimentos, informações necessárias, adquirindo experiências boas e muitas ruins também, principalmente quando se trata de alguém que tenta arrancar seus sonhos ou se prevalece de sua inexperiência e toma de si suas idéias preciosas. Mas não me chateio com isso mais, o que importa é saber que há conteúdo e que minhas ideías um dia deram certo, mesmo não sendo pra meu benefício próprio. Eu que bem sei que a fonte dessas idéias está comigo. Voltando aos meus estudos me formei como Designer de Produtos, e em um curso de Extensão de Desenho de Moda e Modelagem, dentro daquela mesma faculdade, conheci uma professora que introduziu novos projetos e me fez avançar em minhas decisões, com algumas palavras aquela senhora não deixaria eu seguir meu caminho com dúvidas. “Quem viu seu plantar hoje, vai testemunhar sua colheita amanhã. Não desista, embora as dificuldades permaneçam, um dia elas amenizam”. E essas foram as palavras de minha queridíssima Professora Terezinha Cambraia (Obs.: Até nome de tecido ela tem, rs..). Após sair dessa faculdade, no mesmo semestre de 2012, entrei na FAP, onde coordenadora do Curso de Moda é a segunda pessoa das mais queridas e amáveis, referência da Moda em Belém e no Estado: Professora Felícia Assmar Maia, advogada, professora, escritora e antropóloga, considerada a “Chanel da Amazônia”, que abraçou minha causa e disse vamos em frente, dando aos seus alunos a chance de mostrar seus talentos e expor suas criações, sempre com um público admirado a prestigiar cada evento organizado por ela e seus braços direitos, alunos veteranos e professores, que se dedicavam e se dedicam cada vez mais pra satisfazer e motivar seus alunos a irem adiante com seus sonhos e projetos. Grandes personalidades da Moda passaram pelo conhecimento dessa beldade, está uma das mais famosas Estilistas da atualidade em Belém, minha amiga Rosângela Leite (Maison Roor), além de todas as personalidades que passam todos os anos nas passarelas do AFW, onde tive o prazer de conhecer grandiosos nomes e formar parcerias tops, como Joyce Carla, hoje fotógrafa de moda e musicista; Tony Palha, estilista paraense, de renome Nacional e Internacional com mais de 20 anos de história com a moda, hoje grandes parceiros de grandes projetos de Moda, sejam de projetos municipais, nacionais e até Internacionais.
Hoje em dia ainda encontro as dificuldades, como diz um amigo: “Nada é fácil, nada mesmo”, mas acredito que quando encontramos amigos verdadeiros, a esperança renasce e o problema realmente é amenizado. Creio que se Deus me der forças, onde der irei. Desafios, novas experiências, um rio de conhecimento e informações me aguardam. Amores? Bem, alguns, primeiro beijo, primeiro amor, decepções amorosas, passei por tudo isso também. O que há? Sou humana, tenho vida gente, não pensem que esqueci (...)rs. Mas inicialmente não era minha principal prioridade. Esperar Deus enviar o meu escolhido.
Se tiver de agradecer alguém, quero agradecer primeiramente ao Deus que sirvo por ter me dado uma vida abençoada, com uma família e não só amigos, mas anjos que ele me enviou pra ajudar na minha caminhada. Minha mãe Zeneide Cardoso, a progenitora da minha vida e minha fonte de inspiração, meu amor infinito. Meus irmãos Maicky e Audiney Almeida, o qual tem sempre orado e intercedido pela minha vida e meus sonhos. Avós, tios e primos que são muitos. Meus pastores Manoel e Elenita Ribeiro, Pastores Zildomar e Ceula Campelo. Aos meus muito amigos que sempre me apoiam e estão comigo em minhas jornadas, aos quais citei e aos quais sabem de toda minha história, ou a parte mais importante dela.
Jessica N. Almeida
Ananindeua-Pa., 06 de Fevereiro de 2015
